sexta-feira, 15 de abril de 2016

Sexualidade, adolescência e relações afetivas



Sempre que pensamos em sexualidade a nossa mente remete-nos normalmente para a satisfação dos prazeres corporais, ao ato sexual. No entanto, a sexualidade remonta a muito antes disso. Começa logo desde que nascemos. E então pensam: "já nascemos com esses desejos de prazer?!"; a resposta é não. Sexualidade é uma característica diferente em cada ser humano e é baseada nos prazeres não necessariamente físicos mas também de demonstrações de afeto, carinho para com o outro e a admiração e o bem estar connosco próprios. A sexualidade associada aos desejos físicos inicia-se na puberdade e prolonga-se após a mesma. É importante referir que isto acontece devido ao desenvolvimento dos órgãos sexuais e à proliferação de hormonas (estrogéneos e progesterona na mulher e testosterona no homem). No entanto para uma melhor satisfação física é necessária a junção de valores morais. Acontece que na adolescência, com o corpo em constante transformação, a ação por impulso controla o adolescente. É necessário refletir sempre antes de tomar decisões precipitadas, mas se isso acontecer o melhor é pedir conselhos, e ter sempre alguém em quem confiar para falar abertamente sobre estes assuntos (preferencialmente um adulto).
Os ditos namoros começam também nesta fase, as primeiras paixonetas, as ilusões do amor eterno, como os filmes de contos de fadas vistos na infância. É completamente natural, mas como supramencionado, é necessária precaução para não cometer "loucuras".
Com o início desta fase tão importante e difícil na vida de um ser humano é importante salientar valores morais que se devem possuir: respeito, compreensão, responsabilidade, educação... Para uma melhor ultrapassagem desta fase. É tambem muito importante o adolescente estar rodeado de pessoas que sejam boas influências e/ou pessoas que verdadeiramente se preocupam. É também relevante sermos sempre nós próprios e não deixar que corrompam a nossa essência.
 Afinal de contas, a adolescência é das fases mais curtas do ser humano e é necessário retirar aprendizagens da mesma em vez de traumas insuperáveis.


Bárbara Abrunhosa, 11º AV

terça-feira, 15 de março de 2016

Uma perspetiva subjetiva do (in)definível: a atração física e o amor.

Atração física
A sociedade contemporânea valoriza o corpo de modo ímpar, perpetrando através da publicidade um feixe de padrões estéticos e de sedução, criando micro-Narcisos que se contemplam como coisas trabalhadas, adornadas e delineadas. Assim se explica a proliferação de ginásios do corpo (não seriam também necessários ginásios da alma?), sendo que o ancestral ideal latino - mens sana in corpore sano - jamais se poderá considerar démodé sob prejuízo de fragmentação da unidade psicossomática. Vem isto a propósito da atração física como patamar sensorial (o quão estimulante é a audição, a visão, o cheiro, o paladar e o tato) que, em meu entendimento, não se esgota em si mesma, valorizando exclusivamente a nossa faceta de animalidade, a nossa dimensão primária que coloca o vulcão do desejo em erupção, buscando à saciedade a satisfação instinto. Quando percecionamos a alteridade sob o prisma hedonista, despido de intimidade psicoafectiva e compromisso, significa que reduzimos a integralidade e mistério do outro a parcelas do corpo, a caixilhos de estética – coisificamos o outro porque endeusamos o prazer. Todavia, esta visão do outro como objeto sexual, numa busca de satisfação imediata do prazer corporal não é em si mesma mera negatividade, mas uma energia que carece de contextualização, de encaminhamento para o encontro, de abertura para o outro, despoletando a construção de laços ou de um lação que há de unir não somente o corpo mas toda a pessoa em (re)lação.
Desejar é bom, mas amar com desejo será o patamar da sublimidade.

Amar
O desafio que se afigura no horizonte é aliciante: amar é bom porque é difícil. É ponto assente que nem tudo corre bem no amor, é preciso paciência, saber que o amor é uma aprendizagem para toda a vida, uma tarefa inacabada, o amor enquanto relação que une dois seres é o maior laço que a vida gerou, numa sinergia entre ética e estética que enlaça as almas, albergando visceralmente um no outro sem aniquilar idiossincrasias.
Conhecer o outro nos defeitos, entendê-los e aceitá-los é uma exigência do amor. Saber que o diálogo, a confiança e o entendimento são as rochas que sustêm o amor em momentos de tribulação. Saber que por detrás dum grande amor há imperiosamente uma grande história de partilha e conhecimento mútuo. Será possível amar o desconhecido?
Acredito firmemente que o amor é mais forte que a morte. O amor é clemente, procura o bem do outro, quer bem ao outro, não procura absorvê-lo em si, mas promovê-lo naquilo que cada um é. O amor é, porventura, o abeirar da sensação de absoluto, de plenitude, irrompendo como uma epifania que ilumina a escuridão da existência com a centelha do fogo que abrasa o coração.
Amo-te é a palavra que diz tanto, como se neste vocábulo fizéssemos fluir todo o caudal sentimental que nos inunda. O amor é um milagre que raramente acontece, porquanto se o Eu e o Tu dão lugar a um Nós, já não somos mais dois mas um só ser espiritual e carnal que se ama e se une para além dos próprios limites que se conhecem de cor(ação)! Numa expressão singela: amar seria o compromisso de doar a vida ao outro incondicionalmente, em reciprocidade, complementaridade e oblação.

Será o amor a (im)possibilidade de nos deleitarmos na perfeição?

NC
"GERAÇÃO DE FACEBOOKIANOS" 






Facebook adverte para a dependência que pode causar A rede social Facebook pode causar dependência. O alerta foi lançado pela própria rede, que
se compara a um bolo de chocolate: comer demasiado pode ser prejudicial à saúde. Facebook pode viciar "Os bolos de aniversário unem as pessoas. Dão-nos o pretexto para desfrutar e celebrar o estarmos juntos. 

Contudo, comer bolo em demasia não faz bem à saúde. De igual forma, o Facebook é como um bolo de aniversário". Foi desta forma que a rede social resolveu advertir os seus utilizadores sobre o "vício" que pode provocar, fazendo com que os seus adeptos estejam dependentes das mensagens privadas, notificações, comentários e "likes". O ritmo de consulta do Facebook passa a ser de minuto em minuto e quantas mais atualizações, melhor. Com a imagem de um bolo de aniversário, a rede social - que já alcançou mil milhões de utilizadores em todo o mundo, em outubro, quis consciencializar todos os que a seguem de que muita dedicação ao Facebook não é saudável.